Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Patos de Minas (Sintrasp) se reuniram com membros da Gestão Falcão na última segunda-feira (23/01). O sindicato pediu um reajuste de 17,5% no salário e de 20% no vale alimentação. Já a administração ofereceu 6,5% de reajuste na folha e outros 6,5% no vale alimentação.
Segundo a prefeitura, o percentual de 17,5% representaria um impacto total de R$ 32 milhões para os cofres públicos, o que não seria suportado pelo orçamento do município.
Devido ao alto volume orçamentário investido nas ações essenciais do município, o índice orçado para 2023 encontra-se próximo a 92%. Além da não coerência entre o reajuste pretendido e o índice oficial de inflação medido pelo INPC, o aumento pode comprometer diversas ações do município, caso as despesas superem 95% das receitas correntes, conforme prevê o artigo 167 da Constituição Federal.
Com servidores cobrando uma melhor remuneração, a Gestão Falcão mostrou gráficos e alegou que o salário não está defasado.
A inflação acumulada nos últimos dez anos foi de 80,67% (INPC), já o reajuste salarial dos servidores públicos municipais de Patos de Minas no mesmo período foi de 87,49%. O aumento no vale-alimentação foi ainda maior, de 388,46%.
Por fim, a gestão do prefeito Luís Eduardo Falcão (NOVO) alegou que o percentual de 6,5% contemplaria um ganho real de 0,57 pontos percentuais. ” oferta está acima da inflação do período, que foi de 5,93% (INPC)”.
O Sintrasp solicitou a reavaliação e a Secretaria de Finanças e Orçamento comprometeu-se a analisar o orçamento municipal para verificar se ainda é possível fazer algum ajuste para melhorar a proposta para o servidor.
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