O mês de julho de 2023 ficará marcado nos registros climáticos como um marco alarmante na história da Terra. O observatório europeu Copernicus confirmou que esse mês se tornou o mais quente já registrado, superando o recorde anterior estabelecido em 2019. Uma variação de 0,33 grau Celsius pode parecer pequena à primeira vista, mas suas consequências se manifestaram de maneira drástica e abrangente, com incêndios avassaladores e ondas de calor extremas em várias partes do mundo.
Incêndios florestais e ondas de calor impiedosas dominaram as manchetes internacionais. As temperaturas médias globais superaram em quase 1ºC a média registrada no período entre 1991 e 2020. Essa aparente pequena diferença é um indicativo alarmante, pois representa uma mudança drástica nos padrões climáticos. Enquanto algumas regiões enfrentavam temperaturas escaldantes, outras sofriam com um frio intenso, demonstrando a imprevisibilidade e os extremos cada vez mais frequentes causados pelo aquecimento global.
Incêndios descontrolados varreram paisagens do Canadá à Grécia, deixando em seu rastro destruição e deslocamento de comunidades inteiras. A Europa foi castigada por uma onda de calor devastadora, culminando em um alarmante registro de 48,8ºC na Itália. Nos Estados Unidos, o termômetro atingiu uma assustadora marca de 54,4ºC, reforçando a urgência de medidas globais para combater as mudanças climáticas.
O aquecimento global não se limita apenas à atmosfera terrestre. Os oceanos também estão enfrentando aumentos de temperatura preocupantes. Ao final de julho, os termômetros oceânicos registraram uma temperatura média de 20,96ºC. Esse aumento tem implicações profundas para os ecossistemas marinhos, ameaçando a biodiversidade aquática e potencialmente contribuindo para a intensificação de fenômenos climáticos extremos, como furacões e tufões.
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