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Junior Gaya: Familiares fazem manifestação no centro

Os manifestantes reclamam da morosidade da justiça.


👤 Igor Nunes
🕓 22/02/2022 - 15:13


Familiares do jovem Sérgio dos Reis Gaya, conhecido como Junior, foram as ruas no início da tarde de sábado (19/02) para reclamar da morosidade na conclusão do inquérito policial e da justiça militar. O jovem foi morto a tiro após um confronto com a Polícia Militar na madrugada do dia 16 de novembro de 2021.

Os familiares espalharam outdoors por alguns pontos de Patos de Minas com a mensagem: “Quem deveria o proteger, o executou!!!”. Os familiares questionam a atuação da Polícia Militar durante toda a ocorrência e também dos pronunciamentos dos membros da corporação após o ocorrido.

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A Polícia Civil, através do delegado Luís Mauro Sampaio, que é responsável pelo caso, disse que o inquérito está em andamento e que faltam apenas a oitiva de algumas pessoas para que seja concluído.

O que diz a Polícia Militar?

O boletim de ocorrência indica que Sérgio dos Reis Gaya Júnior estava empurrando uma motocicleta no Bairro Alto da Serra. Dois PMs deram ordem de parada, contudo ele teria desobedecido.

O rapaz teria tirado a camisa, se apresentado como lutador e partido para cima dos militares. Na sequência, outras pessoas saíram da casa e passaram a desacatar a equipe.

Instantes depois, todos se trancaram na residência, tendo os PMs tentado negociar. Sem sucesso, o portão foi arrombado e a equipe entrou no imóvel.

Ainda segundo a ocorrência, foram utilizados spray de pimenta e arma de choque, porém Sérgio teria continuado a resistir, inclusive dando uma “voadora” (pulo combinado com um chute). Neste momento, um dos militares efetuou um disparo que atingiu o peito de Sérgio. Ele foi socorrido na viatura até o Hospital Regional, passou por cirurgia, mas faleceu.

Dois adolescentes, irmão e cunhado de Sérgio, foram apreendidos por desacato e resistência. A motocicleta, que motivou a abordagem, estava regular. O policial militar que efetuou o disparo foi preso e encaminhado para a sede do batalhão. O caso será apurado e julgado pela Justiça Militar de Minas Gerais.