Governo de Minas Gerais ajuda a viabilizar construção da Cidade do Circo

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A magia do circo acompanha o homem através dos tempos. Os adventos do cinema, televisão, internet apenas comprovam como o circo permanece único e insubstituível graças à sua capacidade de reunir diversas linguagens artísticas e da habilidade de adaptar-se e renovar-se sem perder o elo com as suas raízes e tradição.

Buscando impulsionar a atividade circense em direção a um futuro promissor, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), irá destinar R$ 200 mil para implantação do projeto “Cidade do Circo“, Centro de Referência e Rede de Apoio ao Circo.

O local será construído em uma antiga estação de trem, um terreno com 11 mil metros quadrados, cedido pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, no Bairro Gameleira, em Belo Horizonte. O valor será destinado à terraplanagem, cerca e redes hidrelétricas e hidráulicas. A princípio a previsão é a inauguração no início de fevereiro.

Uma das principais realizações da Cidade do Circo é o terreno para instalação dos circos itinerantes, além de biblioteca, cursos, seminários, laboratórios, palestras e exposições, realizando e assessorando pesquisas e publicações, produzindo e compartilhando conhecimentos, promovendo o aperfeiçoamento de dons, capacitação, qualificação e aperfeiçoamento profissional.

Integração e memória

De acordo com o secretário adjunto de Estado de Cultura, João Miguel, a integração das famílias circenses à comunidade é uma preocupação do atual Governo. Segundo ele, o fomento à Cidade do Circo traz à cena da cultura do estado a visibilidade necessária para que esse povo seja integrado à sociedade e tenham seus direitos atendidos.

Famílias tradicionais circenses em apresentação / Crédito: Divulgação/Rede de Apoio ao Circo

“É muito importante para o segmento do circo tomar consciência de que o estado oferece alguns mecanismos de fomento e incentivo para a manutenção dessas atividades e, nesse sentido, o governador Fernando Pimentel e o secretário de Cultura Angelo Oswaldo, sensíveis a essa demanda acolheram o pleito proposto pela representação do circense e destinaram, de modo pioneiro, esse recurso para o início das obras desta Cidade do Circo. Temos maior interesse em continuar a valorização desta importante expressão artística”, diz João Miguel.

A “Cidade do Circo“, coordenada e gerida pela beneficiária Sociedade dos Amigos dos Espaços Cênicos de Belo Horizonte, de acordo com a publicação da destinação do fomento ao circo, em novembro, no Diário Oficial da União (IOF-MG), será capaz de ramificar uma rede de apoio aos trabalhadores circenses. 

O projeto cria e implanta ações estruturantes que possam garantir a continuidade das suas atividades e memória, possibilitando que a magia e a alegria do circo se ramifiquem pela cidade.   

De acordo com a autora e diretora de teatro Sula Kyriacos Mavrudis, a Rede de Apoio ao Circo, criada há mais de 20 anos, vai unir circenses de todo o estado.

“O objetivo é unir os circenses e suas famílias, criando mecanismos de interlocução, representação e troca de serviços, buscando parcerias com os demais segmentos artísticos, órgãos públicos, iniciativa privada e sociedade em geral para criar estratégias voltadas para a sua defesa socioeconômico cultural, dando condições para o exercício de suas atividades com qualidade e segurança”, afirma Sula.

As artes circenses, em suas diversas manifestações, como circos itinerantes, escolas de circo, circos sociais, companhias circenses e as trupes de palhaços, acervo bibliográfico, fotográfico, vídeos, site estão entre os eixos do projeto.

Famílias tradicionais 

Cerca de 90% dos circos do estado não são vistos pelo público por falta de fomento, segundo estudo / Crédito: Divulgação Rede de Apoio ao Circo

Em levantamentos recentes, realizados pelas associações circenses, foi constatado que existem mais de 2.000 circos espalhados pelo Brasil. Em Minas Gerais existem cerca de 80 circos tradicionais que percorrem o estado. Há 30 anos, existiam 28 circos que trabalhavam nos bairros de Belo Horizonte, que eram chamados “circos de bairro”. 

Segundo Sula Mavrudis, a salvaguarda das mais de 100 famílias de circos tradicionais é fundamental para preservação cultural das famílias circenses em Minas Gerais.

“Esta é uma cultura que enriquece e contribui para a história cultural do país e merece ser preservada em Minas Gerais. Por isso, o reconhecimento como patrimônio imaterial é fundamental para realização de ações de salvaguarda no estado”, diz a especialista.

O Centro de Referência do Circo facilitará o intercâmbio entre os próprios circenses em suas diversas formas de manifestações artísticas, destes com outras áreas da arte e da cultura e da sociedade em geral.

A oferta de atividades artísticas na cidade será ampliada com uma rica programação composta por espetáculos, shows, encontros, mostras e festivais.


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Fonte: AGÊNCIA MINAS

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