Epamig instala módulo produtivo para reutilização de água de forma contínua em Sete Lagoas

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Uma importante parceria entre a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o Poder Judiciário – comarca de Sete Lagoas – e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) do município resultou na elaboração e construção do Centro de Referência em Ressocialização, Extensão e Pesquisa e Aquicultura Intensiva e Integrada (Crepai).

Em fase de implantação, a previsão da Epamig é que o Crepai entre em funcionamento no mês de fevereiro. O centro consiste em um módulo produtivo baseado no sistema de recirculação de água, no qual há o tratamento e reutilização da água de forma contínua.  

Para o funcionamento, foram instalados sete tanques suspensos de cultivo recria, uma estação de tratamento de efluente (ETAqua) e uma estação de separação de lôdo.

Os materiais sólidos e parte dos efluentes resultantes do tratamento da água destinam-se para o uso na compostagem (adubo sólido para plantas) e fertirrigação de culturas agrícolas de valor comercial e para uso dos próprios recuperandos, como no caso das plantas medicinais e ervas aromáticas.

A dinâmica de operação otimizada possibilitará o reaproveitamento da água de cultivo e seu retorno aos tanques com peixes. O local terá capacidade de produção média de 200kg de tilápia por mês.

De acordo com o pesquisador da Epamig e coordenador do projeto, Giovanni de Oliveira, a produtividade no sistema de recirculação pode ser até 40 vezes maior do que em um sistema de viveiro escavado na modalidade semi-intensiva com baixa renovação de água e sem uso de aeradores.

“A expectativa é que, no primeiro mês do funcionamento, o projeto comece a operar um tanque de recria. A partir daí, mês a mês, os demais tanques destinados para as fases de crescimento e engorda serão abastecidos com os juvenis” explica o coordenador. 

O Centro de Referência em Ressocialização, Extensão e Pesquisa e Aquicultura Intensiva e Integrada conta com uma área total de 250m². Nesta primeira etapa, três recuperandos atuarão nas estações, sendo dois na rotina diária e um como substituto em fins de semana, folgas ou saídas programadas.

“A ideia é que, em até sete meses após a implantação, todos os tanques de cultivo estejam povoados com lotes de peixes de diferentes fases (pesos médios). Ao final do sétimo mês, deve acontecer a primeira despesca”, completa Giovanni. 

De acordo com a Apac, inicialmente, os peixes produzidos serão destinados a alimentação dos recuperandos, mas, após ampliação, há possibilidade de repasse da produção para a merenda escolar municipal.

Capacitação técnica

O Crepai será um espaço para capacitação tanto dos recuperandos, quanto para produtores, técnicos e interessados em conhecer e possivelmente implantar o sistema de criação de peixes.

Segundo a Apac, após a capacitação e aprimoramento das técnicas de cultivo, existe a possibilidade de tornar a atividade comercial, o que pode gerar renda para os recuperandos e suas famílias, além da possível implantação do Crepai em outras Apacs.

FONTE: Agência Minas

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