Dos 17 vereadores, 12 tentarão a reeleição em Patos de Minas

Dois parlamentares, Braz Paulo e Béia Savassi, formaram chapa para disputar a prefeitura.

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A ordem de apresentação é alfabética

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a lista de candidatos a vereador em Patos de Minas. Dos 17 vereadores que foram eleitos em 2017, 12 tentarão a reeleição para o mandato de 2021/2024.

Vereadores – Patos de Minas – Reeleição

  1. David Antônio Sanches – MDB
  2. Isaías Martins de Oliveira – DEM
  3. João Batista Gonçalves – CIDADANIA
  4. Lásaro Borges de Oliveira – PSD
  5. Maria Dalva da Mota Azevedo – CIDADANIA
  6. Mauri Sérgio Rodrigues – MDB
  7. Nivaldo Tavares dos Santos – PSD
  8. Otaviano Marques de Amorim – DEM
  9. Paulo Augusto Corrêa – DEM
  10. Sebastião Sousa de Almeida – PP
  11. Vicente de Paula Sousa – DEM
  12. Walter Geraldo de Araújo – DEM

Vereadores que não candidataram

  1. Edimê Erlinda de Lima Avelar – DEM
  2. Francisco Carlos Frechiani – DEM
  3. João Bosco de Castro Borges – PT

Tentarão o executivo

  1. Braz Paulo de Oliveira Júnior – CIDADANIA (candidato a vice-prefeito)
  2. Maria Beatriz de Castro A. Savassi – DEM (candidata a prefeita)

O que diz os que não se candidataram

O Patos Notícias procurou os vereadores que decidiram não concorrer a cargos públicos em 2020. Veja a seguir as respostas:

Edimê Avelar

Olá amigos do Patos Notícias

Paz e Bem!

Começarei a minha resposta com a seguinte frase: “O Dono do tempo sabe a hora certa de mudar a sua história”.

Tudo tem um início e um fim, até a nossa própria vida. Com 28 anos de vida pública deixo um legado expressivo para Patos e região, inclusive a vinda dos cursos superiores gratuitos para nossa juventude, grande prioridade da minha luta: Fui a precursora e lutadora assídua para a busca do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) para Patos, até conseguir as suas implantações. Tive muitas conquistas e como não há espaço para relacioná-las, sugiro que para conhecimento desse trabalho de longos anos, que as pessoas entrem no site da Câmara http://www.camarapatos.mg.gov.br/, em vereadores e cliquem em meu nome. Sou autora de milhares de projetos valiosos, visando sempre uma melhor qualidade de vida para nossa população.

Hoje, aos 73 anos de idade a mais idosa da Câmara Municipal e com maior número de mandatos de todos os tempos, percebo que respondi à altura a confiança que os meus irmãos de caminhada em mim depositaram, cumprindo com responsabilidade a tarefa a mim creditada.

Foi para mim muito válido o tempo em que tive a oportunidade, de estar no Parlamento, participando da mesa das grandes decisões, sempre visando o bem comum.

Desde os meus 18 anos de idade sou uma trabalhadora dedicada e compromissada.

Hoje sinto que é chegada a hora de ter o meu tempo pessoal e de estar mais próxima de minha família.

Serei eternamente grata aos meus conterrâneos!

Obrigada a todos!

Abraços fraternos!

Edimê Erlinda de Lima Avelar

Francisco Frechiani

Consultado pela nossa reportagem, Francisco Frechiani esclareceu que a decisão de não se candidatar foi exclusivamente pessoal. Destacou que acredita que a política não pode se transformar em “meio de vida”. “Quando você se candidata reiteradas vezes você acaba largando as suas outras coisas, as suas atividades, enfim. Eu sou professor, eu sou advogado, e eu não tenho intenção de deixar essas atividades. […] Ser vereador por dois mandatos já é o suficiente para dar uma contribuição, e depois dar o lugar para outros, para que outros possam dar a sua contribuição”.

João Bosco – Bosquinho

Não irei aprofundar os meus inúmeros motivos da minha retirada dos quadros de filiados do PT, pois isso demandaria uma profunda análise da minha história e da trajetória dentro do Partido, bem como uma leitura dos rumos do PT durante toda a sua existência. Também não irei fazer nenhum balanço dos meus 4 mandatos consecutivos de Vereador, pois entendo que isso será num futuro próximo, do interesse daqueles que procuram estudar e entender a ciência política. Muito menos externarei a minha atuação na Presidência da Câmara, onde fui eleito por unanimidade pela primeira vez na história do parlamento da nossa cidade, sendo que à época, tinha apenas dois anos de atividade parlamentar. Motivo que é até hoje, uma grande honra e orgulho para mim. A história irá registrar de forma crítica a nossa atuação no parlamento.

O que não posso deixar de registrar, que dentro da minha visão política, o PT é ainda o melhor partido para transformar a sociedade brasileira. Quem acompanhou de perto os governos por nós administrados, não há nenhuma dúvida que foi o partido que mais combateu a corrupção e o que mais permitiu a ascensão de segmentos marginalizados e excluídos na construção de um novo tecido social. Exemplo claro disso, foi o fortalecimento permanente das instituições e a consolidação das inúmeras políticas públicas (algumas tornaram-se políticas de Estado), com isso, contribuiu de forma incisiva na tentativa de se construir o Estado Democrático de Direito.

Aprendi que a vida nos exige ações e decisões que podem marcar um divisor de águas de um novo caminhar. O momento e uma nova realidade pessoal me fez tomar esta atitude que até pouco tempo atrás era impensável. Devo confessar que carrego ainda dentro de mim o amor pelo PT. Este partido me despertou para entender o quanto é importante o respeito às diferenças e diversidades existentes no seio de uma sociedade. Foi com ele que aprendi a ser mais crítico e permanecer viva dentro de mim a chama da justiça social. Desvios éticos de uma minoria mancharam a nossa história partidária, obviamente, com o oportunismo necessário, a grande mídia usou uma narrativa de conveniência para reforçar no imaginário popular o preconceito a um partido transformador. Foi nestas quatro décadas de militância política que pude amadurecer minha visão de mundo.

Da forma mais simples que me despeço do PT, com palavras de agradecimentos às companheiras e aos companheiros que não mediram esforços, lutas e resistências para que pudéssemos ocupar os espaços vazios da política. Poderia citar inúmeros quadros partidários e até alguns que nem se filiaram, mas que contribuíram de forma incisiva e decisiva na nossa formação política. Não farei isso em função de correr o risco de cometer injustiças.

Comunico ainda que minha desfiliação oficial será no período legal estabelecido pela Justiça Eleitoral, ou seja, no período de 4 de março até 4 de abril. Informo ainda que não irei me filiar a nenhum outro partido e muito menos disputarei cargos eletivos futuros. Tenho consciência do meu papel e das minhas limitações, por isso, continuarei sendo um militante social e com profunda atuação política. Entendo que a negação da política não combina com minha história e muito menos com a Democracia. Sou daqueles que tem a leitura que somente a luta e a resistência são as ferramentas para realizar o que sonhamos quando se faz política com ética e com respeito às diversidades. Nestes tempos sombrios que estamos vivenciando, que beiram o fascismo e onde o senso comum e a intolerância têm prevalecidos, é importante buscar novas alternativas de lutas e resistências. Devemos ousar e ter a coragem como armas de transformação para buscar um novo despertar mais crítico do povo. Outras estratégias e táticas acopladas à luta partidária podem ser um diferencial para que a esperança possa renascer naqueles que sonham com uma sociedade mais humana e justa. Assim será…!!!

Esta decisão foi amplamente maturada e socializada com aqueles que me ajudaram nas difíceis conquistas. O processo de ouvir foi importante para corrigir os rumos que seriam traçados. Lembro-me neste instante do grande poeta Altino Caixeta – “Leão de Formosa” –
“… aperfeiçoa-te na arte de escutar, só quem ouviu o rio sabe ouvir o mar”.

Deixo o meu abraço afetuoso a todos que compreenderam a minha luta e as minhas limitações. Deixo também o meu não menos afetuoso abraço àqueles que não puderam entender o quão é difícil a arte da política. Caso esta nova Direção partidária queira comunicar este meu afastamento para as instâncias superiores e se assim entenderem ser necessário, que o faça!

Bosquinho

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