A força do agronegócio como gerador de empregos, renda e dignidade

Em 2023, o agro ocupou no total 28,3 milhões de pessoas, o que representa cerca de 27% no total de empregos formais do Brasil.

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Mesmo com inúmeros desafios em diversas cadeias produtivas durante o ano de 2023, o agronegócio brasileiro apresentou indicadores econômicos bastante relevantes, consolidando sua importância para a economia do país.

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro superou a marca impressionante de R$ 2,6 trilhões, representando quase 25% do PIB nacional. O setor é responsável por mais da metade das exportações brasileiras, ocupando posição mundial de destaque em vários produtos agropecuários, como açúcar, soja, café, laranja, celulose, carne bovina, frango, fumo e milho, contribuindo assim para que o saldo da balança comercial seja positivo.

Conforme nova metodologia aplicada pelo Cepea, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, em parceria com a CNA, em 2023 o agronegócio brasileiro ocupou no total 28,3 milhões de pessoas, o que representa cerca de 27% no total de empregos formais do Brasil. Além dessa enorme proporção de pessoas empregada no setor, houve um significativo aumento na formalização do emprego, maior participação de trabalhadores com melhor nível de instrução e aumento da presença feminina no setor.

O CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, é o dispositivo legal utilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego para acompanhar a situação da mão de obra formal no Brasil, apresentando os dados de geração de emprego e desemprego no país. E de acordo com dados do CAGED, o agronegócio foi um dos setores que mais gerou empregos formais no país, apesar da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19.

Recentemente a renomada Fundação Getúlio Vargas, através da FGV Agro, apresentou um estudo que demonstra que o agronegócio gerou 359,6 mil vagas formais nos últimos três anos no Brasil. Além disso, o setor também registrou uma forte substituição de trabalhadores informais por profissionais formalizados, com mais direitos trabalhistas e maior estabilidade, ao contrário do que muita gente que vive nas cidades grandes desconhece e fala inverdades.

Todos esses índices refletem a resiliência e o dinamismo do agronegócio brasileiro, que continua a desempenhar um papel crucial no desenvolvimento econômico e social do país.

A região dos Cerrados é uma prova clara dessa revolução social provocada pelo agronegócio: entre 1986 e 2022, enquanto a economia brasileira cresceu em média 108%, a do estado do Mato Grosso cresceu 780%, a do Mato Grosso do Sul, 307%, e a de Goiás, 188%.

E para confirmar o quanto a força do agronegócio produz dignidade e independência da população em relação a programas sociais do governo, a região Centro-Oeste existe apenas 5% dos beneficiários do Bolsa Família, enquanto no Nordeste esse número é de 47%.

Essa importância do agronegócio, tanto na economia quanto na geração de emprego e renda, se replica cada vez mais fortemente no interior do Brasil, como em nossa região mineira do Alto Paranaíba, com uma forte vocação agropecuária.

Nessa importante região de Minas Gerais, reconhecida por sua diversificação na agricultura e elevado nível de tecnologia e inovação empregado no agronegócio, temos o exemplo claro de como o setor proporciona desenvolvimento econômico e social, melhorando significativamente os índices de qualidade de vida.

O Alto Paranaíba tem um agronegócio forte e inclusivo, que oferece empregos, gera renda, paga impostos, diminuiu a desigualdade, combate a miséria e proporciona dignidade ao fornecer trabalho e a possibilidade de uma vida melhor.

E ao conversar com produtores e empresários do setor fica evidente que existe uma forte demanda por funcionários, desde as atividades operacionais no campo, passando pela área técnica, administrativa e comercial, até cargos de executivos em agroindústrias da região.

Esse caminho percorrido pelo agro já é bastante conhecido dos economistas e trilhado pelas nações mais ricas e desenvolvidas do mundo, que preza pelo crescimento da produtividade e da economia, através da geração de empregos e renda.

Ao contrário da mentalidade do atual governo federal, que prega a redução da pobreza e da desigualdade, pagando benefícios sociais a pessoas que às vezes têm condições de trabalhar e estimulando as pessoas a ficarem à toa, o agronegócio gera dignidade através do trabalho e do desenvolvimento social.

Portanto, essa evolução dos indicadores econômicos sociais produzidos pelo agronegócio não deixa nenhuma dúvida de sua importância para nossa região, para o estado e para o Brasil.

Esse texto é uma produção independente e não representa a opinião do Patos Notícias. A responsabilidade é integral do titular da coluna.

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BIOGRAFIA

Bené Romano

Bené Romano

Engenheiro agrônomo, formado pela UFLA - Universidade Federal de Lavras. Atua como consultor em agronegócio, sendo associado ao Escritório Araújo Fontes. Apresenta, de segunda a sexta-feira, o quadro "Agro em Foco" no Jornal da Manhã da Jovem Pan Patos.

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