Segundo dados do IBPT, alguns produtos consumidos na Semana Santa têm mais de 50% do seu valor em tributos, que são recolhidos aos cofres públicos
Foto: Divulgação
Os produtos tradicionais mais consumidos pelas famílias brasileiras na Páscoa podem conter mais de 50% do seu valor em tributos, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação- IBPT. A maiores alíquotas pesam sobre os vinhos, que têm 54,73% de tributos, seguidos do bacalhau, com 43,78%, e da colomba pascal, com 38,68%.
O ovo de Páscoa, considerado um símbolo pascal, e inclusive um dos itens mais procurados para presentear amigos e familiares, também não fica de fora, visto que 38,53% do seu valor já tem destino certo: a boca do Leão. Portanto, o IBPT continua orientando os contribuintes a pesquisarem os preços, para economizar e minimizar um pouco os tributos que pesam no seu bolso, mesmo porque não existe escapatória: se a opção for comprar uma caixa de bombons, a carga tributária é de 37,61%; no caso do chocolate em barra, os encargos são de 38,60%.
E não adianta fugir, o faminto Leão também se sentará à mesa do almoço de Páscoa para abocanhar a sua parte, por exemplo, se a família se reunir para comemorar a data em um restaurante, 32,31% do valor total da conta será revertido em tributos.
De acordo com o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, “O sistema tributário brasileiro é concentrado no consumo, o que reflete diretamente nas famílias de menor renda que acabam pagando muitos mais tributos do que os contribuintes de maior poder aquisitivo. Infelizmente, o peso excessivo dos tributos sobre o consumo ainda é um fator que impede que os brasileiros de todas as faixas econômicas consumam mais nas festas tradicionais e no dia a dia” afirma.
Carga tributária dos produtos consumidos na Páscoa
Almoço em restaurante: 32,31%
Bacalhau importado: 43,78%
Bombons: 37,61%
Buffet (JANTAR) – Restaurante: 32,31%
Cartão de Páscoa: 37,48%
Chocolate: 39,61%
Coelho de Pelúcia: 29,92%
Colomba pascal Chocolate: 38,68%
Ovo de Páscoa: 38,53%
Papel Celofane: 34,48%
Vinho: 54,73%
Déborah Santos
Triângulo Notícias
03/04/2017