Polícia foi chamada! 

Vereador apura denúncia de ideologia de gênero em escola de Patos de Minas

Um pai teria dito que um professor teria ministrado aula sobre o assunto. Direção disse que não foi procurada por nenhum pai.

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O vereador de Patos de Minas, José Luiz Borges Junior (PODEMOS), denunciou, nas redes sociais, que um professor estaria, supostamente, lecionado ideologia de gênero para alunos do Ensino Fundamental II.

Na manhã desta terça-feira (19), o parlamentar compareceu na Escola Municipal Norma Borges Beluco, no bairro Jardim Céu Azul, e tentou entrar, contudo, segundo ele, foi impedido pela direção.

Ao ter a entrada negada, o vereador acionou a Polícia Militar e registrou um boletim de ocorrência. Procurada, a direção da escola informou que o parlamentar entrou na escola, mas não foi permitida a entrada em sala de aula, porque não houve pedido prévio.

Ao Patos Notícias, José Luiz disse que um pai o procurou e relatou que um professor, do 9º ano, estaria ministrando atividades sobre ideologia de gênero. As atividades, segundo o vereador, consistiam na identificação das bandeiras de cada orientação sexual. Questionado, afirmou que não obteve acesso, até o momento, a nenhum material impresso que evidenciasse tal prática.

O diretor da E.M. Norma Borges Beluco, Jefferson Vieira Lima, conversou com o jornalista Lélis Félix por telefone. Ele informou que o vereador foi convidado para entrar na escola e se dirigir até a sala da direção. O professor da turma em questão foi chamado e os três começaram a conversar. Foi explicado que a escola segue o plano curricular e que o conteúdo sobre sexualidade integra a matriz da disciplina de ciências do nono ano.

Jefferson ressaltou que não existe ideologia de gênero dentro de sala de aula e sim o ensino sobre a reprodução humana. “Nossa escola é plural, seguimos o plano do estado” afirmou.

O diretor ainda disse que o vereador acusou o professor de direcionar os alunos para determinada orientação sexual, tendo ele se defendido.

Por fim, Jefferson afirmou que a entrada em sala de aula depende de solicitação prévia e de comum acordo com o professor, e por isso não foi permitida. Também informou que nenhum pai ou responsável reclamou do conteúdo com a direção.

“Estamos abertos para mostrar e discutir o plano de ensino. E o vereador é bem-vindo, inclusive para verificar outras demandas importantes para a educação” finalizou ele.

A Secretaria Municipal de Educação também emitiu nota:

– o vereador chegou na escola no horário de aula do professor, sendo então informado pelo diretor que só poderia adentrar a sala com a permissão do educador;

– o professor foi chamado e, em conversa com o vereador, explicou que o conteúdo ministrado trata do sistema reprodutor masculino e feminino, ensinamento padrão para o nono ano do ensino fundamental; portanto não foi abordada ideologia de gênero;

– mediante discurso alterado do vereador e do seu assessor, o diretor esclareceu que não autorizaria a entrada do vereador em sala de aula para discursar contra ou a favor de nenhum tema;

– durante a abordagem de qualquer conteúdo em sala de aula, é natural que os estudantes levantem questionamentos baseados nos conhecimentos que já têm; o professor, obviamente, esclarece cumprindo o seu papel dentro da sala de aula;

– vale lembrar que o ensino em todo o país segue a Base Nacional Comum Curricular, e não é diferente em Patos de Minas. A habilidade trabalhada, estando ela no BNCC, é “Vida e evolução: mecanismos reprodutivos/sexualidade”, por meio da qual o professor é orientado a selecionar argumentos que evidenciem as múltiplas dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética);

– ainda cumpre ressaltar que temas relacionados à reprodução e à sexualidade humana, abordados nos anos finais, são assuntos de grande interesse e relevância social nessa faixa etária, assim como são relevantes também o conhecimento das condições de saúde, do saneamento básico, da qualidade do ar e das condições nutricionais da população brasileira;

– a Semed orienta que, em caso de dúvidas e questionamentos, os pais têm total liberdade de procurar a direção das escolas ou diretamente a secretaria.

Assista ao vídeo divulgado pelo vereador:

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