Túmulo de jovem morto em 1946 é o mais visitado de Patos de Minas

José Lourenço da Costa, o "Zé Borrachudo", foi assassinado aos 22 anos. Muitos associam o fato a uma acusação de furto, já outros dizem que foi inveja pela fama de galanteador.

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Zé Borrachudo - Patos de Minas
Frequentadores do cemitério deixam flores e velas em busca de milagres
Foto: Igor Nunes (Patos Notícias)

Cerca de 5 mil pessoas visitaram o Cemitério Municipal de Santa Cruz neste Dia de Finados em Patos de Minas. A movimentação mais intensa aconteceu no período da manhã. Do lado de fora, vendedores de flores aproveitaram o feriado para ganhar um dinheiro extra. No ano passado, 2020, não houve visitação devido a pandemia da COVID-19.

A reportagem do Patos Notícias visitou o cemitério na tarde desta terça-feira (2/11). Muitas pessoas aproveitaram a temperatura agradável para visitar seus entes queridos.

O túmulo mais visitado é o de José Lourenço da Costa, conhecido popularmente como “Zé Borrachudo”. Ele faleceu aos 22 anos em 16 de janeiro de 1946, sendo sepultado três dias depois (19/01/1946). Registros históricos apontam que ele era um boiadeiro e tinha o costume de ter uma vida noturna agitada. Seu programa preferido era cantar músicas românticas no violão. Com fama de galanteador, Zé Borrachudo era negro e fazia sucesso com as mulheres.

Pelos registros oficiais, Zé Borrachudo morreu afogado no Rio Paranaíba, porém tratou-se de um crime. Pelo que se conta, ele foi torturado e teve parte do corpo mutilado antes de ser atirado nas águas. O motivo do fim trágico ainda é um mistério, tem que diga que foi por uma suspeita de furto, já outros associam ao ciúme pela fama de galanteador.

Segundo a aposentada Valda Alves, na época circulou o boato que ele teria furtado dinheiro do hóspede de uma pensão. Para ela, a morte dele foi uma injustiça. “Ele não estava com dinheiro. Naquela época o povo era mais bravo”.

Muitas pessoas caracterizam Zé Borrachudo como um “fazedor de milagres”. Segundo os funcionários do Cemitério de Santa Cruz, inúmeras pessoas visitam o túmulo, acende velas e deixam flores, com a esperança de uma realização.

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