
O projeto Justiça na Escola, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, foi apresentado nesta segunda-feira (17/10) pelo juiz da comarca de Patrocínio, Serlon Silva Santos, para os participantes do Simpósio Regional Justiça na Escola, em Patos de Minas, cidade na região do Alto Paranaíba. O evento ocorre até amanhã (18/10) no Centro de Convenções do Unipam, em Patos de Minas.
O projeto Justiça na Escola, idealizado pelo juiz Serlon Santos em 2014, busca ampliar o debate na sociedade, principalmente pela comunidade escolar, onde o aluno inicia sua formação como cidadão, além de incentivar atitudes dos estudantes em prol da coletividade. Desde sua criação, já auxiliou mais de 30 mil alunos e 50 mil pais, contribuindo para a melhoria do desempenho escolar.
A abertura do simpósio contou com mais de 1,3 mil pessoas que superlotaram o auditório do Centro de Convenções do Unipam. Ao todo, 22 cidades da região de Patrocínio e Patos de Minas enviaram representantes das comunidades educacionais, principalmente que atuam em secretarias municipais de educação e serviço social.
Núcleos
O simpósio foi concebido após iniciativa do juiz Vinícius de Ávila Leite, titular da Vara Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Patos de Minas, que convidou o juiz Serlon Santos para abrir o evento. O juiz Vinícius de Ávila contou com o apoio da juíza titular da Vara Criminal e de Execuções Penais de Patos de Minas, Solange Reimberg, que buscou parcerias na cidade para viabilizar o simpósio.
Os núcleos são formados por servidores dos municípios, pedagogos, assistentes sociais e psicólogos, que trazem soluções às escolas de conflitos entre alunos, além de auxiliar na execução das ações do programa.
Na palestra de abertura do simpósio, o juiz Serlon Santos apresentou o Programa Justiça na Escola, com enfoque nos desafios atuais da educação, as normas que regem o programa, com destaque para os Núcleos de Apoio às Escolas.
Os núcleos são formados por servidores dos municípios, pedagogos, assistentes sociais e psicólogos, que trazem soluções às escolas de conflitos entre alunos, além de auxiliar na execução das ações do programa.

Transformação
Segundo ele, com tais objetivos e com a ajuda dos núcleos, o Programa Justiça na Escola já conseguiu grande redução dos índices de indisciplina e o incremento do índice de participação dos pais na vida escolar dos filhos, principalmente na comunidade de Patrocínio e cidades vizinhas.
“Ao longo destes anos, tivemos uma transformação na realidade escolar de Patrocínio, com diversas ações na vida dos alunos e dos pais, que deve ser expandida para outras comarcas mineiras, para mudar a realidade escolar de outros estudantes”, defende o juiz Serlon Santos.
Ele ainda chama a atenção para o “Música na Escola”, que faz parte do programa e incentiva o envolvimento dos estudantes com a música em geral, desde que se mantenham bom desempenho durante as aulas.
O Programa Justiça na Escola inclui treinamento para professores sobre legislação, palestras para os pais sobre responsabilidade na educação dos filhos e várias palestras para alunos que abordam princípios e valores.

Programação
Nesta segunda-feira, o evento ainda contou com as palestras “Segurança nas Escolas”, proferida pelo procurador da República, Guilherme Schelb; “Transtornos e dificuldades de aprendizagem, como identifica-los em um contexto escolar, considerando aspectos sociais, afetivos e cognitivos (TEA, DI e TADH)”, da psicopedagoga Priscila Gadêlha; e “Violências contra crianças e adolescentes: conceitos, leis, sinais e sintomas e o papel da educação na garantia dos direitos”, proferida pelo presidente da Rede Internacional Infância Protegida.
Nesta terça-feira (18/10), o evento apresenta as palestras “Depressão e Automutilação Infanto-juvenil: causas e intervenção”, proferida pelo psicólogo Mizael Silva; e “Desafios da Educação na atualidade: reflexões e ressignificações”, da psicopedagoga Noemi Lemes.
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