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Sucateado! Sindicalista denuncia abandono dos Correios

Após usuário denúnciar falta de embalagens para postagens, “Gil Carteiro” solta o verbo, fala dos motivos da greve e defende os servidores.


👤 Patos Notícias
🕓 14/03/2018 - 16:45


Na tarde da última terça-feira (13), por telefone, o Diretor Sindical da Sintect-ura, Gil Santos Silva, conhecido como Gil Carteiro, falou sobre a greve nacional dos Correios, e apontou a gestão atual e o Governo Federal como culpados da possível sucatização da estatal, para fins de privatização.

Ao ser questionado sobre os motivos da greve, o sindicalista diz tratar-se de combate a retirada de direitos, se referindo a decisão dessa segunda-feira (12) do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de alterar as regras do plano de saúde dos funcionários da empresa, que agora precisarão custear a cobertura de familiares.

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Informado pela nossa equipe da denúncia de um usuário que alegou não haver embalagens para envio na agência da Rua José de Santana, Gil não se mostrou surpreso e revelou ainda a falta de diversos materiais de trabalho, como clipe de papel e fita adesiva. “Está chegando a um ponto que o próprio trabalhador está tendo que comprar o material” disse ele.

Ainda na defesa da greve, o sindicalista diz haver falta de funcionários na estatal. Afirma ter havido mais de 20 mil demissões nos últimos anos, e que desde 2011 não há concurso público para novas contratações. E liga essa falta de pessoal, às demoras nas entregas e filas nas agências.

Termina ele dizendo, que a culpa não é do carteiro nem do atendente, que a situação atual dos Correios deve-se a intenção do Governo Federal de privatizar a empresa.

Ouça o áudio

A equipe do Triângulo Notícias entrou em contato com a assessoria de imprensa dos Correios, para comentar sobre a greve, e a falta de material de trabalho e embalagens na agência, mas até este momento não obtivemos resposta.

Fim da Greve

Em assembleias realizadas ontem (13), trabalhadores dos Correios de diversos estados aprovaram o fim da greve deflagrada ontem (12) e o retorno aos trabalhos a partir desta quarta-feira (14).

Segundo a federação da categoria, apenas dois estados ainda terão assembleias nos próximos dias para avaliar a continuidade da paralisação: Rio de Janeiro e São Paulo.