Muitos desses garimpeiros dizem que o trabalho foi a única maneira encontrada para obter o sustento das suas famílias.
Vestindo apenas galochas e shorts, eles passam o dia na água rodeados de lixo, fezes e outros dejetos que boiam ao seu redor, levados até ali pelos canos de esgoto das quase 600 mil casas de Caracas, capital da Venezuela.
A sujeira e o forte odor já não os incomodam mais. A cada dia, eles têm se acostumado com realidade para conseguir comprar comida.
“Não é uma vida boa, mas ganhamos bem aqui”, disse um dos garimpeiros.
Antes da crise nacional gerada pela ditadura de Nicolás Maduro, os garimpeiros eram tachados de “malucos” pela maioria da população. Poucos se submetiam às condições insalubres do rio Guaire.
Isso mudou em 2015. Para cada vez mais pessoas, vasculhar o esgoto para sobreviver parece uma ideia mais interessante do que enfrentar a fome.
Tarciso Morais- Renova Mídia - Adaptado da fonte UOL
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