Residências do Bairro Cidade Nova continuam infestadas de pernilongos

Moradores do local voltaram a cobrar previdências.

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Os moradores do Bairro Cidade Nova em Patos de Minas novamente enviaram vídeos para o jornalismo do Patos Notícias mostrando a infestação de pernilongos nas residências. Os vídeos foram gravados na noite desta quarta-feira (17/06) e mostram as paredes tomadas pelos mosquitos. O repórter Igor Nunes foi ao local conferir de perto a situação.

O socorrista do SAMU, Paulo Macedo, disse que a situação é de calamidade pública. Ele afirma que o sofrimento é grande e moradores da redondeza já não sabem o que fazer.

Paulo conta que no início da manhã e no fim da tarde, fica visível uma nuvem de mosquitos saindo da empresa de alimentos e indo para as casas vizinhas ao local. Ele conta ainda que se comprar uma raquete para matar pernilongos, o equipamento não suporta a quantidade e para de funcionar. Venenos, velas e equipamentos de tomadas também não fazem efeito devido a quantidade de mosquitos.

Outro morador que falou com nossa equipe foi Rodrigo Martins. Ele disse que possui uma criança pequena em casa, de dois meses, e que a situação é muito difícil. “Exclusivamente este ano a situação saiu do controle e a gente que mora aqui do lado não está conseguindo viver”, ressaltou.

Segundo ele, tanto a empresa de alimentos quanto a administração municipal estão cientes da situação e mesmo assim, a situação está a cada dia pior. Rodrigo pede para que vereadores e prefeito se façam presente no bairro para conhecer de perto a situação. 

Diante da infestação por mosquitos do gênero Culex – pernilongos comuns – em diversos bairros do município, a Prefeitura de Patos de Minas/Vigilância em Saúde Ambiental esclarece que:

– esse gênero de mosquitos não transmite dengue, zika e chikungunya. A presença desses insetos causa grande incômodo, tanto pelo zumbido quanto pelas picadas, causando perturbação do sono;

– a proliferação do pernilongo comum ocorre por meio da oviposição da fêmea do mosquito em águas paradas e com presença de matéria orgânica, o que tem sido ocasionado pelo tempo de estiagem. A escassez de chuva favorece a formação de bolsões de água em córregos da região, sendo assim consequência natural das condições climáticas, e não algo sobre o qual a prefeitura tem responsabilidade ou controle;

– foi constatada a presença de larvas em córregos e lagoas naturais/artificiais da região, e eles tornaram-se grandes criadouros de onde proliferam milhares de novos mosquitos diariamente;

– a aplicação de “fumacê” não é a solução, pois só eliminará o mosquito adulto, além de se correr grande risco de afetar outras espécies de insetos e prejudicar o equilíbrio ambiental;

– os inseticidas e larvicidas são fornecidos pelo Governo de Minas Gerais, sendo eles direcionados, única e exclusivamente, ao controle do Aedes aegypti, causador de dengue, zika e chikungunya. Portanto a aplicação do “fumacê” somente ocorre quando há um caso positivo dessas doenças no quarteirão, para realizar o bloqueio de transmissão. Salientamos que são seguidas cautelosamente as orientações das Diretrizes Nacionais do Controle da Dengue;

– outras medidas de manejo ambiental estão sendo executadas em conjunto com a Diretoria de Meio Ambiente, o Codema e a Secretaria Municipal de Obras Públicas, como a drenagem em locais com água parada e acúmulo de matéria orgânica. O poder público tem atuado da forma que lhe é possível, mas o problema será amenizado de maneira mais efetiva somente quando retornar o período chuvoso ou ocorrer precipitação mais intensa, com capacidade para extinguir os bolsões;

– orienta-se a adoção de práticas comuns de proteção individual para impedir ou reduzir o contato mosquito-homem: telas em portas e janelas, mosquiteiros, vestimentas apropriadas (mangas e calças longas em cores claras), correntes de ar que dificultam o voo dos mosquitos (ventiladores, circuladores de ar) e uso de repelentes.

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