PMs salvam bebê que se engasgou em São Gonçalo do Abaeté-MG

Os pais pararam a viatura e pediram ajuda. A recém-nascida foi avaliada por um médico e passa bem.

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PMs salvam bebê que se engasgou em São Gonçalo do Abaeté-MG
Foto: Divulgação (Polícia Militar/MG)

No último sábado (28/09), uma equipe da Polícia Militar foi acionada pelos pais de recém-nascida de apenas quatro dias de vida.

A família mora no Bairro Beira Rio em São Gonçalo do Abaeté. Os pais abordaram uma viatura policial e solicitaram socorro para sua filha que estava engasgada e não conseguia respirar.

Imediatamente o Soldado Otávio Nogueira pegou a recém-nascida no colo. Ela estava sinais vitais fracos, arroxeada e com baixa respiração. O PM iniciou os primeiros socorros através da Manobra de Heimilich. Após certo tempo, a secreção começou a sair pelo nariz e boca e a criança começou a recuperar os sinais vitais e voltar os sentidos.

Enquanto o policial, fazia os primeiros socorros o pai da recém-nascida foi orientado a ir até a base da Via 040 e solicitar uma ambulância de emergência. As enfermeiras constataram que a recém-nascida estava bem graças a ação rápida e presteza da guarnição da Polícia Militar.

PMs salvam bebê que se engasgou em São Gonçalo do Abaeté-MG
Foto: Divulgação (Polícia Militar/MG)

Após a avaliação de resgate da Via 040, os pais foram orientados a irem até o Hospital Municipal São Francisco em Três Marias/MG. Lá o médico de plantão constatou que a menina estava bem e não havia necessidade de ficar em observação hospitalar.

No dia seguinte, domingo (29), os policiais retornaram até a residência e encontrando os pais muito aliviados e agradecidos pela ação da policial militar.

O que fazer quando a criança engasga?

Corpo estranho (CE) é qualquer objeto ou substância que inadvertidamente penetra o corpo ou suas cavidades. Pode ser ingerido ou colocado pela criança nas narinas e conduto auditivo, mas apresenta um risco maior quando é aspirado para o pulmão.

Qualquer material pode se tornar um CE no sistema respiratório, e a maior suspeita de que o acidente ocorreu é a situação de engasgo. Isto ocorre quando a criança está comendo, ou quando está com um objeto na boca, habitualmente peças pequenas de brinquedos.

No Brasil, milho, feijão e amendoim são os grãos mais comumente aspirados na faixa etária pediátrica. Por outro lado, o material mais relacionado a óbito imediato por asfixia é o sintético, como balões de borracha, estruturas esféricas, sólidas ou não, como bola de vidro e brinquedos.

A aspiração de corpo estranho (ACE) é descrita principalmente nas crianças do sexo masculino, o que reflete uma natureza mais impulsiva e aventureira nos meninos. Predomina na faixa etária pediátrica entre 1 e 3 anos de idade, com mais de 50% das aspirações ocorrendo em crianças menores de 4 anos e mais de 94% antes dos sete anos. É na idade até três anos que a criança não controla a mastigação e a deglutição de alimentos, pois não possui os dentes molares, estrutura importante na trituração de alimentos sólidos. A oferta de alguns tipos de alimentos a crianças pequenas, como amendoim, feijão, pipoca e milho, apresentam risco para a aspiração, pois as crianças vão degluti-los sem mastigar, e qualquer distração, risada, brincadeira ou susto pode precipitar o acidente. Além disso, a criança nesta idade possui o hábito de levar objetos à boca, como pequenos brinquedos de plástico ou metal, normalmente de irmãos mais velhos.

Logo após a aspiração de algum objeto, ocorre acesso de tosse, seguida de engasgo, que pode ou não ser valorizado pelos pais. A aspiração também deve ser considerada quando ocorre o primeiro quadro súbito de chiado no peito em crianças sem casos de alergia na família. Tosse persistente, chiado no peito, falta de ar súbita, rouquidão e lábios e unhas arroxeadas, são sinais sugestivos de que pode ter ocorrido a ACE.

Quando a ACE é parcial, a criança pode tossir e esboçar sons. Nesta situação, o melhor procedimento é a não intervenção no ambiente doméstico e encaminhamento a um serviço de saúde, para o tratamento definitivo.

Quando a ACE é total, a criança não consegue esboçar qualquer som, está com asfixia, falta de ar importante e até com os lábios arroxeados. Nesta situação, deve-se proceder da seguinte maneira:

• Maiores de um ano: manobra de Heimlich, que consiste em compressões abaixo das costelas, com sentido para cima, abraçando a criança por trás, até que o CE seja deslocado da via aérea para a boca e expelido.

• Menores de um ano: 5 percussões com a mão na região das costas, a criança com a cabeça virada para baixo, seguida de 5 compressões na frente, até que o CE seja expelido ou a criança torne-se responsiva e reaja.

Se você conseguir visualizar o CE na boca, retire-o com cuidado, mas não tente ir às cegas com o dedo na boca, pois pode provocar lesões na região ou empurrar o corpo estranho para regiões mais baixas, e piorar o quadro de obstrução.

Fonte: Agência Brasil

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