Pela 1ª vez, desde o início da CPI, os vereadores ouviram, na tarde desta quarta-feira (1/9), um funcionário da COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais). Walterley Coelho Alves trabalha há 24 anos na empresa, tendo exercido os cargos de servente, oficial de água e encarregado de água. Neste último, e atual cargo, ele trabalha há cerca de 14 anos.
O relator, José Eustáquio de Faria Junior (PODEMOS), questionou se o depoente tinha conhecimento do contrato entre a COPASA e a prefeitura de Patos de Minas. Walterley disse que não tem conhecimento de contrato. Perguntado sobre denúncias de irregularidades nos serviços, ele respondeu: “eu não tenho conhecimento que a COPASA não cumpra o que é combinado. A gente tem um sistema e todos os serviços são executados dentro do prazo”.
“A água é de boa qualidade, tanto que eu dou aos meus filhos”.
Ele também explicou que nos distritos, como Major Porto, a água é retirada de um poço artesiano, não sendo necessário um tratamento complexo, o cloro é suficiente. Já em Patos de Minas, por ser retirada de um manancial, a água necessita de processos adicionais na Estação de Tratamento (ETA).
Tubulações de Amianto
Walterley Coelho confirmou que alguns bairros, como Santa Terezinha e Cristo Redentor, ainda possuem tubulações de amianto para o fornecimento de água. Ele disse que não tem ideia da extensão/comprimento desta rede e informou que a COPASA, de forma gradativa, moderniza a tubulação.
Em 29 de novembro de 2017 o Supremo Tribunal Federal proibiu o comércio e uso de amianto no Brasil. A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmam que todas as formas de amianto são cancerígenas podendo acometer órgãos como laringe, ovário e pulmão. Em algumas cidades, como em Rosana-SP, a Justiça já determinou a substituição das tubulações de amianto.
Preço da água é justo
Walterley Coelho disse que a tarifa é justa por entender que o serviço prestado é de qualidade. “Você ter uma água de qualidade, 24 horas na sua casa, e um esgoto tratado, tirado direto de sua casa, eu acho um preço justo. Existem coisas muito mais caras que a população paga e as vezes não é boa”.
Falta d’água em Patos de Minas
Sobre falta d’água, Walterley explicou que a maioria das interrupções são devido a acidentes nas redes. Segundo ele, durante obras particulares os pedreiros acabam rompendo canos, sendo necessário fechar o ‘registro’ para fazer a manutenção.
Problemas no asfalto
A presidente da CPI, Elisabeth Maria (DEM), questionou o depoente sobre a qualidade do asfalto aplicado pela COPASA após manutenções na rede. Ele explicou que o serviço é terceirizado e que é necessário um tempo entre a manutenção na rede e recomposição do pavimento. “Tem que esperar um tempo pra secar, depois fazer o assentamento e só depois vir com o caminhão de asfalto” explicou.
Esgoto em Patos de Minas
Walterley afirmou que não trabalha com o sistema de esgoto e desta forma não pode prestar esclarecimentos sobre esta questão. Porém, afirmou que 90% do esgoto é tratado.
Acompanhe a íntegra da oitiva:
Ainda nesta quarta-feira (1º), a CPI da COPASA ouviu a moradora do bairro Jardim Quebec, Áquila Lorainy da Silva Jesus. Ela revelou que o mau cheiro provado pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) incomoda os residentes, principalmente no período noturno. Destacou que a COPASA chegou primeiro ao local e que o erro foi construir o bairro na área. Clique aqui e leia a reportagem sobre esta oitiva.
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