Parlamentares se pronunciam sobre prisão de Lula; Caiado fala em "esperança aos brasileiros"

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Foto: ReproduçãoO presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que “o mandado de prisão decorreu de um processo submetido à mais alta Corte do Poder Judiciário, em que foi respeitado o amplo direito de defesa”

O decreto de prisão protocolado pelo juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula gerou reações no Congresso Nacional, movimentando o fim de tarde desta quinta-feira (5).

Petistas e parlamentares de partidos de esquerda criticaram a decisão de Moro, defendendo o discurso de que o ex-presidente sofre perseguição política. Por outro lado, houve muita comemoração entre os adversários de Lula.

A maior parte dos políticos, no entanto, adotou um discurso mais ponderado, falando em “cumprimento da lei”. Um deles foi Rodrigo Garcia, líder do DEM na Câmara.

“A decisão do juiz Sérgio Moro segue a lei. Nós estamos em um Estado Democrático de Direito, o ex-presidente Lula teve direito à sua defesa, usou todos os recursos estabelecidos no Código Penal e foi condenado. Por isso, espero que ele se apresente conforme a determinação do juiz Sérgio Moro.”

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi mais moderado. Em nota, o presidenciável afirmou que “aqueles que têm responsabilidade pública, em qualquer nação, não podem celebrar a ordem de prisão de um ex-presidente da República”. O político continuou. “No entanto, o mandado de prisão decorreu de um processo submetido à mais alta Corte do Poder Judiciário, em que foi respeitado o amplo direito de defesa”.

Em fala polêmica, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse que a decisão de Moro reedita os tempos da ditadura.

“Essa violência que estão cometendo com o presidente Lula é sem precedentes na nossa história democrática. Isso vai expor o Brasil no cenário internacional. Mas isso, sobretudo, é uma violência contra a democracia e o povo brasileiro.”

Do outro lado, adversários históricos, como o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), afirmaram que prisão de Lula traz esperança aos brasileiros. Em nota, o político disse que “ninguém imaginava que um dia um ex-presidente corrupto iria para a cadeia”.

O decreto de prisão foi expedido horas após o Supremo Tribunal Federal negar na madrugada desta quinta-feira (5) o pedido de habeas corpus preventivo, protocolado pela defesa do ex-presidente Lula.

Em janeiro, o ex-presidente teve a condenação dada pelo juiz Sérgio Moro em primeiro grau, confirmada pela 8ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. Na ocasião, os desembargadores aumentaram a pena de Lula, de nove anos e meio, para 12 anos e um mês de prisão.

Reportagem: João Paulo Machado

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