Operação combate sessões de tortura em Patos de Minas

Bandidos instauram um Tribunal do Crime na cidade e já fizeram várias vítimas.

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Operação combate sessões de torturas em Patos de Minas
Foto: Divulgação

Patos de Minas – Nesta terça-feira (06/12), a Polícia Civil de Minas Gerais, em conjunto com a Polícia Militar, deflagrou a fase Quinto Mandamento da Operação Covardes 6.

O nome da fase se originou na Lei de Deus, que no quinto mandamento, diz que é “proibido matar”.  A operação foca no combate a crimes contra a vida como tortura, lesão corporal, tentativa de homicídio e até assassinato.

Foram cumpridos quatro mandados de prisão. Um investigado está foragido. Todos os alvos são conhecidos no meio policial com passagens por crimes diversos.

Dentre os casos em apuração está o registrado em 4 de novembro no bairro Nossa Senhora Aparecida em Patos de Minas. Naquele dia, os policiais civis e militares flagraram uma sessão de tortura do Tribunal do Crime. A vítima estava amarrada numa cadeira e perto haviam fios energizados, para choque elétrico, e uma faca sem ponta. Dois suspeitos, de 34 e 35 anos, foram presos em flagrante.

O delegado, Luís Mauro Sampaio, informou que as investigações consideram diversos depoimentos. “Nós temos aí os relatos de diversas testemunhas que passaram algumas situações que comprovaram [os crimes]. Dois indivíduos já tinham sido presos anteriormente e repassaram algumas informações que foram de extremo valor, para que nós pudéssemos dar andamento à investigação”.

O tenente Vinicius Morley detalhou que a operação surgiu a partir de uma abordagem da Polícia Militar. “Essa fase iniciou se com a abordagem da PM em uma região já conhecida em razão da criminalidade violenta. A equipe abordou indivíduos que estavam amarrados e amordaçados em uma cadeira, sofrendo tortura e clamando por socorro”. As informações foram repassadas ao delegado de homicídio que iniciou as investigações.

“Sem sombra de dúvidas, essa ação integrada de Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público, Poder Judiciário e, principalmente da comunidade, é de extrema importância para não deixar que se estabeleça essas organizações criminosas [na cidade]” finalizou Vinicius Morley.

A população pode colaborar com as forças policiais. Denúncias de maior urgência, que precisam de ação imediata, devem ser repassadas pelo telefone 190. Também há a possibilidade de denunciar pelo DDU (Disque Denúncia Unificado) no telefone 181.

Assista à integra da entrevista coletiva:

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