No sufoco, profissionais de eventos pedem apoio para voltar as atividades

Os profissionais estão há mais de 300 dias sem trabalho e pedem mais apoio do poder público.

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Há mais de 300 dias sem trabalhar, os Profissionais de Eventos de Patos de Minas procuraram a equipe do Patos Notícias para falar sobre a situação que estão passando com a pandemia e pedem maior apoio do poder público para retornar as atividades. Segundo eles, todas as atividades estão retornando com devidos protocolos, exceto o setor de eventos sociais.

A empresária Nayara Cruz disse que estão desde o início da pandemia, que foi em março de 2020, parados. “Fomos obrigados a dispensar clientes, remanejar datas e estamos levando do jeito que a gente consegue, mas chegamos ao nosso limite”, lamentou. Nayara pede para que as autoridades do município tenha maior atenção para o setor de eventos.

“Temos consciência de que a pandemia está aí e também queremos que acabe, mas temos também a responsabilidade de nos adequar às normas do município”, explicou. Ela explica que são várias famílias que dependem do setor de eventos, que envolve diversos profissionais, entre eles de som, imagem, fotos, decoração, buffet, cerimonial, bombons e outros.

Nayara conta que muitos colegas tiveram que se reinventar para tentar sobreviver. Segundo ela, houve colegas de profissão que chegaram a ser despejados de casa por não conseguir renda suficiente para arcar com aluguel e demais despesas. “As dívidas não param (…) não querem saber da pandemia, se vai parar ou se não vai. As contas chegam todos os meses e infelizmente a gente sofre com isso e temos que arcar com nossas responsabilidade”, ressaltou.

Os empresários do setor estiveram reunidos com o prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão, onde demonstraram a necessidade de voltar de forma gradativa, respeitando as normas de higiene. “Deixo aqui meu apelo para que as autoridades do município para que tenham um olhar especial para o nosso setor, que vem sofrendo muito em decorrência desta pandemia”, disse Nayara.

Outro empresário, Canuto Isac, disse em redes sociais que houveram mudanças, permitindo a realização de eventos, mas como o programa é estadual, e preciso que seja feito adequações, pois como exemplo, vale o mesmo para um pequeno município como para outro que seja com maior população. “É preciso adequações e buscamos isso junto as autoridades para o nosso setor. E estamos a beira de um caos, após quase um ano sem exercermos nossas atividades. Queremos um atenção das autoridades nesse ponto para juntos encontrarmos uma forma segura e responsável para voltar ao trabalho”, ressaltou nas redes sociais.

Nossa equipe também procurou o ex-presidente da Abrape – Associação Brasileira de Promotores de Eventos, Carlos Alberto Xaulim. Ele disse que a saída definitiva para a situação é a vacina. Segundo ele, o setor de eventos, mesmo sendo o mais prejudicado, pois além de estar desde a metade de março, ou seja, quase um ano, diferente de outras atividades e categorias que tiveram fechamento sazonal, não parou 100% e de uma vez só. Sem reaberturas.

“Entretanto, é preciso entender que a natureza da nossa operação, contribuiu com a aglomeração. Pequenos eventos é possível fazer, com protocolos. Mas, são viáveis economicamente?”, ressaltou. “E mais, o que temos visto é que, muitas vezes os protocolos só prevalecer na abertura ou na chegada do publico. Depois que entra ou que começa, esses protocolos são jogados as favas.”, disse.

Xaulim disse que exemplos de precariedade com relação a protocolos comprometidos com a questão sanitária não faltam em Patos de Minas:

  • ônibus urbano super lotado, sem nenhum tipo de protocolo;
  • supermercados também: medindo temperatura no pulso, atitude ineficaz, carrinhos sem nenhum tipo de higienização, nenhum tipo de controle quanto a quantidade de presença de publico, falta de distanciamento nos caixas padarias e açougue;
  • É como se do lado de fora, não fosse responsabilidade dos bancos.

“Então, não é porque alguns estão fazendo errado, que outros tem o direito de fazer errado também”, finalizou Xaulim.

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