
Um homem de 41 anos morreu durante uma abordagem policial na ocupação Fidel Castro, às margens da BR 050 em Uberlândia. Segundo a Polícia Militar, o indivíduo, qualificado como suspeito na ocorrência, estaria portando uma arma de fogo e que os agentes agiram em legitima defesa. Já o Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), através de nota, afirmou que o homem era coordenador da ocupação, não estava armado e foi “covardemente executado”.
O fato aconteceu no início da manhã da última quinta-feira (05/03). Horas depois, moradores da ocupação Fidel Castro protestaram contra a morte do homem e interditaram a BR 050. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acionou a Polícia Militar para desbloquear a via. Os militares do batalhão de choque utilizaram bombas de gás lacrimogênio para dispersar o grupo.
Em nota enviada à imprensa, a Nona Região da Polícia Militar informou que os militares realizavam uma incursão nas proximidades da ocupação, quando se depararam com três suspeitos, sendo que um deles estaria armado. O grupo teria fugido por um matagal e o indivíduo, que estaria com o revólver, teria a apontado em direção aos militares. Neste momento, os PMs reagiram e efetuaram disparos. De imediato, eles não perceberam que o suspeito teria sido atingido. Foi solicitado reforço e em seguida feita uma varredura pelo local. Um suspeito de 36 anos foi preso ileso e o homem de 41 anos encontrado caído ao solo com sangramento na cabeça. Foi prestado socorro e o rapaz encaminhado para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC/UFU), onde faleceu.

A Polícia Militar ainda informou que encontrou um revólver calibre .38 junto ao homem. A arma estaria com três munições intactas, sendo que uma estava “picotada”, ou seja, teria havido o acionamento gatilho, mas o tiro falhou.
O Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), escreveu em nota: “[Ele] era e sempre será exemplo para os lutadores e lutadoras sem-teto, por sua dedicação à luta e à coletividade. Milhares de militantes como ele seguirão em frente, para que essa injustiça jamais seja esquecida”.
As circunstâncias da morte serão investigadas pela autoridades competentes. O Ministério Público também poderá entrar no caso.
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