Lúcio Flávio Silva Borges e Raylan Bebiano dos Santos, ambos acusados de matar o motorista de aplicativo Lucas de Cássio Batista Nascimento, foram julgados na tarde desta terça-feira (22/03) no Tribunal de Júri do Fórum Olympio Borges em Patos de Minas. O crime aconteceu no dia 25 de maio de 2020, nas Chácaras Pôr-do-Sol em Patos de Minas.
Além de matar, os acusados furtaram pertences e ocultaram o corpo da vítima. Outro indiciado, Lucas Fernandes da Silva, teve o julgamento adiado a pedido da advogada de defesa.
De acordo com o Ministério Público (MPMG), no dia do crime, os acusados entraram em contato com a vítima que era motorista de aplicativo, via WhatsApp, solicitando uma corrida. O ponto de partida era a Rua Vereador João Pacheco no Bairro Cristo Redentor e ponto final na Chácara Pôr do Sol.
Durante o trajeto, o acusado Lúcio Flávio, que estava sentando no banco traseiro, atrás da vítima, desferiu vários golpes de faca na região do pescoço contra o motorista. Ferido, a vítima tentou fugir, mas os acusados desceram do carro enquanto Lúcio Flávio continuou a esfaquear a vítima com ajuda dos demais. Inclusive, durante a agressão, uma das facadas atingiu a mão esquerda do acusado Lucas. No total, foram mais de 10 facadas que atingindo a vítima em várias partes do corpo.
Ainda de acordo com o MPMG, ao notarem que a vítima havia morrido, os acusados subtraíram vários pertences e droga da vítima. Lucas Fernandes teria então assumido a direção do carro GM/Prisma. Depois, os acusados colocaram o corpo da vítima no porta-malas e o levaram para um local na zona rural, onde ocultaram o cadáver no meio da vegetação.
Após esse fato, Lucas Fernandes da Silva e Raylan Bebiano dos Santos fugiram no carro da vítima para a cidade de Lagamar, onde permaneceram até o dia 27 de maio, retornando depois para a cidade de Patos de Minas.
A Polícia Militar recebeu a informação que o carro da vítima estava estacionado na Rua Bernadino Rocha no Bairro Nossa Senhora das Graças. Os militares foram ao local e, além de localizar o carro, eles encontraram e prenderam o Lucas Fernandes da Silva.
Durante vistoria, os militares perceberam que havia marcas de sangue no carro. Ao ser questionado, Lucas disse que tinha vindo da cidade de Lagamar, junto com o motorista e os outros acusados. Continuando com os rastreamentos, os militares conseguiram localizar os outros dois envolvidos. Raylan foi preso em uma praça, próximo onde o veículo estava, e Flávio foi localizado em uma obra no Bairro Alto Caiçaras.
Novamente questionados, os acusados confessaram que mataram e subtraíram os pertences do motorista.
Depois de algumas horas de julgamento, Lucas e Raylan foram condenados, cada um a 15 anos e 20 dias de prisão, sendo 12 anos por homicídio qualificado, dois anos e 10 dias por furto qualificado e um ano e 10 dias por ocultação de cadáver. O total da pena é de 30 anos e 40 dias no regime fechado.
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Justiça estranha a brasileira. 15 anos? E ainda tem atenuantes que por acaso os réus não tenham antecedentes, tenham endereço fixo, tenham trabalho, etc, etc, podem diminuir a pena a menos da metade ou ir para o semiaberto. Já o Lucas não volta mais nunca para sua família. O crime compensa no Brasil?