Continua em mais de 15 estados os protestos contra o aumento no preço dos combustíveis. Caminhoneiros protestam a cinco dias em praticamente todo o território nacional.
Ontem, quinta-feira (24), foi anunciado um acordo entre o governo e classe dos motoristas. Governo e representantes de caminhoneiros chegaram a um acordo e a paralisação será suspensa por 15 dias. Em troca, a Petrobras mantém a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 30 dias enquanto o governo costura formas de reduzir os preços. A Petrobras mantém o compromisso de custear esse desconto, estimado em R$ 350 milhões, nos primeiros 15 dias. Os próximos 15 dias serão patrocinados pela União.
Apesar disso, atos seguem nesta sexta-feira (25) e vários bloqueios continuam a existir.
Reflexos da Greve
Longas filas de carros em frente aos postos foram registradas na maior parte do país. Os motoristas aguardaram por horas para conseguir encher o tanque. Com a grande procura, muitos postos fecharam as bombas, pois os estoques chegaram a zero.
As empresas reduziram o número de ônibus em circulação devido à dificuldade no abastecimento. O setor de alimentos foi um dos mais afetados pelo protesto. Os caminhões carregados com os produtos ficaram retidos nos bloqueios dos manifestantes nas estradas, e não chegaram nas centrais de abastecimento. Nos supermercados, algumas prateleiras ficaram vazias. Para minimizar os impactos da greve, o governo de Minas decretou ponto facultativo nesta sexta-feira (25).
Diante do cenário, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu à Justiça para desbloquear as rodovias federais e permitir a passagem dos caminhões. E a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para escoltar caminhões-tanque ao aeroporto no Paraná.
Foto de Capa: Marcelo Pinto/APlateia