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Estelionato digital: MPMG intensifica atuação para combater golpes pelo WhatsApp em MG

Confira dicas para evitar o golpe e o as providências a serem adotadas, caso seja vítima.


👤 Ascom - MPMG
🕓 10/11/2021 - 09:18


“Oi, meu celular caiu e danificou a tela. Deixei na assistência técnica e eles me deram um prazo de 3 a 4 dias. Estarei usando esse número temporariamente. Qualquer coisa, pode me chamar aqui, ok”? Uma mensagem padrão como essa pode ser o ponto de partida para a prática de um dos crimes digitais mais cometidos em MG: o estelionato via o aplicativo whatsapp. Um início de conversa que demonstre um conhecimento prévio sobre a vítima, que crie uma relação de confiança com parentes e amigos, acompanhado da foto de contato do chamariz, é capaz de ludibriar e causar prejuízos a muita gente.

Em Minas Gerais, conforme levantamento preliminar da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber), órgão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), entre janeiro e setembro de 2021, houve 32.949 ocorrências do estelionato aplicado pelo aplicativo no estado. É o crime cibernético de maior incidência de demandas na instituição.

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Nesse tipo de golpe, o criminoso muitas vezes se passa por parente da vítima. Após a troca de algumas mensagens para obter dados e ganhar a confiança dela, o criminoso passa a pedir que ela faça alguma transferência ou depósito, sob o pretexto de que não está conseguindo acessar aplicativos no telefone novo ou alguma outra desculpa genérica. A vítima, então, acaba fazendo a movimentação financeira solicitada pelo estelionatário.

“Em geral, não se trata de invasão (“hackeamento”) do telefone, do computador ou mesmo do aplicativo. O que ocorre é que os criminosos adquirem ‘pacotes de dados’ no mercado negro, geralmente decorrentes dos vazamentos de bancos de dados de prestadores de serviços e empresas legítimas, contendo nome, data de nascimento, estado civil, endereços, números de telefones, relações familiares e até dados financeiros e outras informações sensíveis de possíveis alvos”, explica o coordenador do Coeciber, promotor de Justiça Mauro Ellovich da Fonseca:

Diante dos dados alarmantes, o MPMG está intensificando o trabalho preventivo em duas frentes: primeiro, o Coeciber elaborou um roteiro para orientar os promotores de Justiça de todo o estado com medidas para intensificar o combate ao crime; segundo, o órgão produziu um documento com dicas para que o cidadão possa se prevenir e não cair em estelionatos digitais.

Nos próximos dias, o MPMG divulgará uma série de publicações nas redes sociais com orientações básicas contra o “golpe do whatsapp”.

“Somente com a prevenção e a devida responsabilização dos criminosos poderemos coibir esse tipo de crime que vem gerando cada vez mais danos à nossa sociedade”, acrescenta o promotor.

Como evitar o golpe? 

Segundo o Coeciber, algumas medidas podem ser suficientes para que o cidadão evite ser vítima do golpe:

Que providências adotar se for vítima? 

Caso o cidadão tenha sido vítima desse golpe ou alguém tenha tentado aplicá-lo, o Coeciber orienta a adoção das seguintes providências: