Enade: em um a cada 5 cursos superiores, estudantes aprendem mais

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Em cerca de um quinto dos cursos superiores avaliados no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2017 (21,1%), os estudantes aprenderam mais que na maioria dos cursos que participaram do exame no ano passado. 

O resultado é do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Esperado e Observado (IDD) divulgado hoje (9) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

O IDD busca medir o quanto o curso de graduação agregou ao desenvolvimento do estudante. Para isso, considera o desempenho desse estudante no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quando ingressa no ensino superior e no Enade quando deixa a faculdade.

Os cursos são classificados seguindo uma escala de 1 a 5. O conceito 3 reúne a maior parte dos cursos. Aqueles que tiveram um desempenho menor que a maioria recebem conceitos 1 ou 2. Já os que tiveram desempenho superior à maioria, recebem 4 ou 5.

Os resultados mostram que, na maioria dos cursos (59,5%), os estudantes tiveram um desenvolvimento durante a graduação semelhante, obtendo IDD 3.

Já em 19,4%, o desenvolvimento foi inferior à maioria: 3,8% obtiveram IDD 1, o mais baixo, e 15,6%, 2. Na outra ponta, 16,2% ficaram com IDD 4 e 4,9%, 5.

O resultado mostrou diferença entre os cursos a distância e presenciais. Nos cursos de Ensino a Distância (EaD), apenas 6,4% obtiveram IDD 4 ou 5. Já nos cursos presenciais, esse percentual foi 21,6%.

Perfil dos participantes

Cerca de um terço dos estudantes (34,2%) avaliados no Enade 2017, é o primeiro na família a concluir o ensino superior.

A maior parte é branca (51,7%); do gênero feminino (55%); solteira (68,1%); tem de 16 a 33 anos (76,7%); mora com os pais (52,4%) e tem renda familiar entre 1,5 e 4,5 salários mínimos (72,1%), valores que variavam, no ano passado, de R$ 1,4 mil a R$ 4,2 mil.

O maior percentual dos estudantes (41,1%) dedica de uma a três horas por semana aos estudos. Outros 30%, de 4 a 7 horas por semana e 4% disseram que apenas assistem às aulas.

Cerca de 69% estudaram durante todo ensino médio em escolas públicas. Eles representam 82,9% dos estudantes de EaD; 81,7% de licenciaturas e 86,5% de pedagogia.

Em 2017, 451 mil estudantes de 10,6 mil cursos de 1,5 mil instituições de ensino participaram do Enade.

Foram avaliadas as seguintes áreas com cursos de bacharelado e/ou licenciaturas: arquitetura e urbanismo; artes visuais; ciência da computação; ciências biológicas; ciências sociais; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras inglês; letras português; letras português e espanhol; letras português e inglês; matemática; música; pedagogia; química e sistema de informação.

Também foram analisados também os cursos de engenharia e engenharias ambiental; civil; de alimentos; de computação; de controle e automação; de produção; elétrica; florestal; mecânica e química, além dos cursos superiores de tecnologia nas áreas de análise e desenvolvimento de sistemas; gestão da produção industrial; gestão da tecnologia da informação e redes de computadores.

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