A vitória de Jair Bolsonaro (PSL) coloca em cheque o poder da mobilização popular na era da internet. Em 2013, no auge das manifestações pelo país, ninguém apostava que o deputado conseguiria chegar até a presidência da república.
Neste domingo (28) tivemos a prova que o poder das redes sociais é muito maior, do já dimensionado pelos especialistas.
Bolsonaro com um discurso forte, inclusive contra minorias, como pode ser comprovado através de várias entrevistas concedidas à imprensa, pode representar um colapso com a unidade brasileira, já que nosso país é formado por um povo muito diverso.
Enquanto nas ruas milhões comemoravam a eleição de Bolsonaro, outros milhões estavam em casa, com medo do que está por vir nos próximos anos.
Não se trata de mera opção política e sim de uma relação de afinidade ideológica. Jair defende que não irá fazer uma política com viés ideológico, mas suas próprias ações no passado o contrapõe. Agredir verbalmente jornalistas, negros e homossexuais é sua marca registrada perante aqueles que não votaram nele.
Bolsonaro até pode ficar queto no Palácio da Alvorada e deixar as minorias levar sua vida, porém seu discurso serviu de reafirmação para aquelas pessoas intolerantes. Aquele racista, que estava reprimido, agora pode ver a chance de voltar a disseminar o ódio.
Não defendemos uma ou outra parte. Reconhecemos que o país passará por uma grande mudança, e que o político do PSL, possui capacidade para transformar e realinhar a nação, porém não podemos fechar os olhos perante ao medo e a tristeza de 47.040.819 brasileiros.
Além disso é importante ponderar que 8.608.085 eleitores anularam seus votos, outros 2.486.591 apertaram o branco, e pior 31.371.378 (21,30%) resolveram simplesmente abdicar do ato democrático. Resta saber, o que se passa na cabeça destas pessoas, desistiram da bandeira verde e amarela?
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