Desfile homenageou as Marias Artesãs que fazem parte da história de Patos de Minas Foto: Lélis Félix (Triângulo Notícias)
A cidade de Patos de Minas comemora nesta quarta-feira, 24 de maio, 125 anos. Nesta manhã um lindo desfile cívico foi realizado na Avenida Getúlio Vargas e reuniu uma multidão. Era por volta das 8:30 quando o evento começou e seguiu pela via.
Inicialmente os soldados do Tiro de Guerra marcharam. Em seguida, viaturas da Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros desfiliaram. As ambulância do SAMU participaram, demostrando a importância do serviço para a população de Patos de Minas.
O apogeu do desfile cívico aconteceu com os estudantes das escolas da cidades. Em um espetáculo de sincronia, a música da fanfarra acompanhou os participantes que desfiliaram em uma organização harmonia.
Um helicóptero sobrevoou a Avenida Getúlio Vargas durante o ato e imagens foram gravadas. Elas serão divulgadas em breve.
Participação do Público
Vários patense acordaram cedo e foram ao centro da cidade neste feriado para acompanhar o desfile. Segundo os presentes, Patos de Minas tem vários motivos para comemorar, porém é necessário refletir sobre as mudanças necessárias.
Segundo uma funcionária pública, é preciso investir mais em educação e saúde para que as próximas gerações tenham uma cidade melhor para se viver. Já outra cidadã, destacou os trabalhos desenvolvidos pela atual administração. Para ela, o novo prefeito está demostrando serviço.
Matéria em atualização. Novas fotos serão incluídas.
História
No século XIX, a região abrigava uma fazenda denominada Os Patos, de propriedade do casal Antônio da Silva Guerra e Luíza Corrêa de Andrade. Uma escritura particular datada de 19 de julho de 1826 transfere parte da fazenda para a construção de uma igreja dedicada a Santo Antônio e uma vila ao seu redor.
“ …uma gleba de terras de cultura e campos na fazenda denominada “Os Patos” ao glorioso Santo Antônio, a fim de se lhe edificar um templo e também para cômodos dos povos… ”
— trecho da escritura que permite a criação da igreja e vila que originaram a cidade.
O padre José de Brito Freire e Vasconcelos mudou-se para o lugar, tornando-se o primeiro vigário local, entre 1831 a 1839, ano em que foi construída a primeira capela, dedicada a Santo Antônio. Atualmente demolida, localizava-se onde se encontra hoje o Memorial do Centenário de Patos de Minas, na Praça Dom Eduardo. Sediou a primeira paróquia, criada através da Lei Provincial nº 472 de 31 de maio de 1850. Com a paróquia, a região, pertencente a Patrocínio, adquiriu direitos, como o de uma sessão eleitoral e de eleger um representante junto a Câmara Municipal de Patrocínio.
Oito anos antes, a Vila de Patrocínio foi elevada à condição de município, tornando a localidade de Santo Antônio dos Patos da Beira do Rio Paranaíba um distrito do novo município.
Em 1856, os moradores da vila realizaram um abaixo-assinado pedindo ao Governo de Minas a emancipação política da cidade. A vila, contudo, só se tornou independente do município de Patrocínio através da Lei Provincial nº 1291, de 30 de outubro de 1866, denominando-se Vila de Santo Antônio dos Patos. A lei foi assinada pelo então vice-governador em exercício Cônego Joaquim José de Santana.
Não era interesse, contudo, de Patrocínio, a emancipação de seu distrito. Assim, a instalação só aconteceu quase dois anos depois, em 29 de fevereiro de 1868, após a posse da primeira Câmara Municipal patense, eleita em 8 de dezembro de 1867. A instalação marcaria a desvinculação definitiva de Patrocínio.
Em 1874, a Vila de Santo Antônio dos Patos era formada basicamente pelos largos da Matriz (atual Praça dom Eduardo), do Rosário (na altura de onde é a Rádio Clube de Patos, que dispunha de uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário), do Caixeta (próximo à Cadeia), Municipal (atual praça Juquinha Caixeta) e Antônio Dias; pelas ruas Teófilo Otoni, 7 de setembro, da Cruz (hoje Santa Cruz), da Lagoa (hoje João da Rocha Filgueira), Tiradentes (a mais antiga rua da cidade), Independência, General Osório, 1º de Março (atual Tenente Bino) e 7 de Abril (atual Afonso Pena), além de diversos becos, todos inexistentes na configuração urbanística atual, entre eles o Beco do Fogo, que deu origem à Rua Major Gote, atualmente a principal da cidade.
A Lei Estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891, confirmou a elevação à categoria de vila, que incluía terras do que anteriormente eram os municípios de Patrocínio, Paracatu e São Francisco das Chagas de Campo Grande (atual Rio Paranaíba).
De acordo com a Lei Estadual nº 23, de 24 de maio de 1892, a vila independente foi elevada à condição de município, tendo seu nome simplificado como Cidade de Patos. A lei, de autoria do representante patense na Assembleia Provincial Olegário Maciel, foi assinada pelo então presidente do estado Eduardo Ernesto da Gama Cerqueira.