
O Ministério Público Estadual (MPE) por meio do GAECO iniciou na manhã desta terça-feira (19/12) uma mega operação para desarticular um esquema de tráfico e contrabando de mercadorias na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
Vários mandados de busca e apreensão, prisão e condução coercitiva estão sendo compridos. Entre os alvos estão delegados, escrivães e advogados que estariam utilizando da posição para a prática de atividade ilícitas.
A operação acontece simultaneamente em Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas, Patrocínio, Monte Alegre de Minas, Passos, Pouso Alegre, Araxá e Belo Horizonte.
Dentre as 136 pessoas investigadas cujas prisões preventivas foram decretadas encontram-se dez Delegados de Polícia, três Chefes de Departamento, uma Delegada Regional, dois Escrivães, sete Advogados e 45 Investigadores.
As Delegacias Regionais de Polícia Civil de Uberlândia (MG) e Araguari (MG) foram objeto de buscas, que contaram com o apoio da Receita Estadual de Minas Gerais.
No total, foram oferecidas 29 denúncias, duas cautelares de requerimento de decretação de prisões preventivas e três cautelares de requerimentos diversos (busca e apreensão e conduções coercitivas).
Participaram da operação sete promotores de Justiça, três auditores da Receita Estadual, 500 policiais militares e 150 policiais rodoviários federais, tendo sido utilizadas duas aeronaves e 150 viaturas.
Fênix é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas.
Três operações em uma
A operação Fênix compreende três operações distintas: Alibabá, Ouroboros e Efésios.
A operação Alibabá é decorrente da operação Zeus, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais em setembro de 2015. As investigações levaram à proposição de duas denúncias, nas quais são imputadas as práticas dos seguintes crimes: associação para o tráfico de drogas, tráfico ilícito de entorpecentes, associação criminosa, obstrução de justiça, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, fraude processual, corrupção passiva, corrupção ativa.
A operação Ouroboros, por sua vez, corresponde à segunda fase da operação 100 Anos de Perdão. Ela resultou no oferecimento de sete denúncias em que são imputadas as seguintes infrações penais: roubo agravado (emprego de arma, concurso de pessoas e restrição da liberdade das vítimas), organização criminosa, associação para o tráfico de drogas, tráfico ilícito de entorpecentes, falsidade ideológica e porte e comércio ilegais de armas de fogo.
Já a operação Efésios decorre de acordos de colaboração premiada firmados pelo Gaeco de Uberlândia. Ela contempla 19 denúncias em que são imputados os seguintes delitos: organização criminosa, associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico ilícito de entorpecentes, porte e posse ilegal de arma de fogo, falsidade ideológica, estelionato, receptação qualificada, falso testemunho e prevaricação.
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