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Após idosa de 95 anos aguardar quase 3h na UPA, prefeitura diz que caso não era grave

Josina Maria vive acamada e se alimenta por sonda. Ela teve que aguardar sentada numa cadeira de rodas do lado de fora.


👤 Lélis Félix Souza
🕓 01/02/2022 - 14:46


A história de Josina Maria Lopes de 95 anos comoveu Patos de Minas. Na última segunda-feira (31/01), a idosa, que vive acamada, teve que esperar cerca de três para receber atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Josina foi acolhida pela equipe médica somente após a chegada da Polícia Militar. O Patos Notícias solicitou, ainda ontem (31/01), uma resposta da prefeitura municipal. No início desta tarde (13:57  – 01/02) os questionamentos foram respondidos.

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A prefeitura alegou que a idosa foi submetida a triagem às 16h51, horário posterior ao informado pela família (16h10), tendo sido atendida às 19h34. Considerando estes horários, o tempo de espera foi de duas horas e 43 minutos.

Ainda segundo a prefeitura, a UPA segue o protocolo de Manchester, que prioriza os atendimentos por urgência e emergência, “e não por idade”. Josina reclamava de forte tosse e teve que aguardar do lado de fora em uma cadeira de rodas.

O protocolo Manchester utiliza cores para classificar a urgência de cada paciente. Vermelho (emergência), laranja (muito urgente), amarelo (urgente), verde (pouco urgente) e azul (não urgente). Josina recebeu a cor verde e após ser atendida foi liberada para retornar pra casa.

O Patos Notícias perguntou quais providências serão tomadas para evitar que situações parecidas voltem a se repetir. “Um novo protocolo de saúde, que mescla tanto a urgência quanto a idade do paciente, está sendo implantado na unidade”.

Uma versão diferente para o ocorrido foi apurada pela reportagem diretamente com servidores da UPA. Fontes informaram, ao Patos Notícias, que o sistema informatizado foi alterado sem aviso prévio a equipe. Anteriormente, o software priorizava automaticamente pacientes com 70 anos ou mais. Nos últimos dias, o sistema parou de priorizá-los e os funcionários só perceberam nesta segunda-feira (31/01) ao se deparar com o caso de Josina.

A prefeitura mencionou que a UPA tem capacidade de atender em média 300 pacientes por dia. Atualmente a procura diária é de cerca de 600 pessoas.