Medo de nova enchente 

Afetados pelas chuvas dizem que foram obrigados a deixar abrigo

Um morador alegou, inclusive, que a alimentação foi suspensa no abrigo. Prefeitura informou que deu toda a assistência as famílias.

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A reportagem do Patos Notícias compareceu na Rua Carmo do Paranaíba, no bairro Vila Rosa, em Patos de Minas. Moradores, afetados pela enchente de janeiro, alegam que a prefeitura mandou que eles se retirassem do abrigo da Escola Municipal Frei Leopoldo.

Cléssia Ferreira de Castro relatou que retornou para casa, mas teme por uma nova enchente.

A prefeitura pediu para tirar nós dos abrigos. Mandou a gente vir pras casas. Eles não assinou termo de responsabilidade com nós. O povo vai perder tudo de novo? Nós pede ajuda o povo, do jeito que tá aqui não tem como ficar, tinha que tirar antes da chuva mesmo, porque só vai subindo cada vez mais.

O nível do Córrego do Monjolo, afluente do Rio Paranaíba, sobe rapidamente e corre risco de atingir residências. O repórter Igor Nunes presenciou a subida do nível da água no final da tarde desta segunda-feira (07/02), naquele instante não chovia. No início da noite começou a chover e a meteorologia prevê até 45 mm para as próximas horas.

O comerciante, Francisco Rosa da Silva, relatou que a Defesa Civil fez vistoria nos imóveis e a prefeitura estipulou um prazo para que eles deixassem o abrigo. O prazo, segundo ele, se encerrou na quarta-feira passada, 2 de fevereiro.

Eles deram o prazo sim. Eles falaram ‘vocês tem até quarta-feira para estar retornando’. Foi ai que a gente teve que retornar. Porque ai eles pararam de fornecer alimento, essas coisas lá pra gente, que estava levando cedo e a tarde. Então, eles cortaram.

A reportagem também ouviu o coordenador da Defesa Civil, Tenente João Fernandes. Ele disse que monitora o Córrego do Monjolo e que caso se confirme a elevação substancial se reunirá com o prefeito para verificar quais providências serão tomadas.

Tenente Fernandes também foi questionado sobre a retirada das famílias do abrigo:

Não houve uma imposição por parte do município, e nem pela Defesa Civil, para que as famílias voltassem. Até orientamos as famílias que dessem um tempo maior para que as paredes secassem […]. Muitas famílias preferiram fazer o seu retorno mais breve possível […].

O que diz a prefeitura?

O Patos Notícias procurou a prefeitura e questionou a respeito das alegações dos moradores. Confira a nota:

Em relação ao retorno das famílias realocadas das áreas inundadas, a Prefeitura de Patos de Minas informa que:

– todas elas foram levadas para locais seguros, com alimentação (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar), vestuário e higiene garantidos;

– a partir do momento em que a vistoria da Defesa Civil foi realizada, as famílias ficaram aptas a retornar às suas casas, tendo o apoio necessário para fazer a mudança;

– mesmo após o retorno para casa, a prefeitura continua assistindo as vítimas das enchentes com kits de higiene e limpeza, cestas básicas, tinta para pintura dos imóveis dentre outros itens;

– com a intensificação da chuva nos últimos dias, todas as secretarias estão empenhadas em dar a assistência necessária àqueles que por ventura necessitam deixar suas residências.

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