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João Pinheiro

271 trabalhadores são resgatados em condições análogas a escravidão

A operação conduzida pelo Auditoria Fiscal do Trabalho, o MPT/MG e as Polícias Federal e Rodoviária Federal.


👤 Ascom MPT/MG
🕓 28/01/2022 - 16:35 (atualizado 28/01 - 17:03)


Trabalhadores resgatados em trabalhos análogo à escravidão.
Foto: MPT/MG

João Pinheiro (MG) – Os 271 trabalhadores resgatados em três fazendas de produção de cana de açúcar, para abastecimento de usina na região de João Pinheiro (MG), estavam trabalhando submetidos a condições degradantes. Desde segunda-feira, 24/01, a equipe de fiscalização integrada pelo Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG), a Auditoria fiscal do Trabalho (AFT) e agentes das Polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF) estão colhendo depoimentos e apurando os valores devidos a cada um dos 271 trabalhadores.

A operação deverá ser concluída até o final desta semana, tendo como resultados imediatos a quitação de todas as verbas rescisórias de cada trabalhador, que, somadas, devem ultrapassar R$ 5 milhões. Cada trabalhador vai receber indenização a título de reparação de danos morais individuais e a empresa vai pagar também indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 400 mil. Os empregadores firmaram Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) assumindo obrigações de adequar as condições de trabalho no empreendimento para receber futuros empregados.

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“A condição degradante, que configura exploração de trabalho análogo à escravidão, foi caracterizada pela ausência de refeitório, sendo os trabalhadores obrigados a fazer refeição a céu aberto, assentados pelo chão; eles também não tinham acesso a sanitários, estavam abrigados em alojamentos superlotados e alguns deles com teste positivo para Covid-19”, descrevem os procuradores do MPT que compõem a equipe de fiscalização.

A partir de hoje, os trabalhadores começam a retornar para as suas cidades de origem – Paraíba, Piauí, Pernambuco, Maranhão e Bahia – com despesas pagas pelo empregadores.